Yeda determina corte do ponto de quem fizer greve
30/10/2008
Oposição e sindicato de servidores protestam contra decreto da governadora
A governadora Yeda Crusius determinou o corte do ponto dos servidores públicos que venham a fazer greve a partir de ontem, data da publicação do Decreto nO 45.959, no Diário Oficial. Segundo o texto, as paralisações dos serviços públicos 'mesmo legítimas em suas reivindicações, acarretam danos à sociedade'. O documento determina que, ocorrendo o registro do servidor grevista, a chefia deve comunicar a ocorrência, com vistas a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e, na hipótese de ilícito penal, apresentar notícia-crime ao Ministério Público.
A medida foi criticada pelo líder da bancada do PT na Assembléia, Raul Pont, e pelo presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud. Ambos afirmam que a medida contraria o direito à greve garantido aos trabalhadores. Para Pont, a decisão é absurda e autoritária. 'Como a governadora pode ameaçar as pessoas de que, se fizerem greve, serão punidas? Isto é ameaça e tentativa de chantagem', disse.
Arnoud lamentou que o decreto tenha sido assinado na terça-feira, dia do funcionalismo público. 'Este é o presente que Yeda dá para os servidores no seu dia', ironizou. Ele disse que a Fessergs vai recorrer a meios judiciais e políticos para tentar revogar a decisão.
Para o vice-líder do governo na Assembléia, Pedro Pereira (PSDB), a decisão é justa. 'Ninguém é contra manifestação. Quer fazer greve, tudo bem, mas não vão receber. Tem que trabalhar para receber', disse.
Fonte: Correio do Povo
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