Fiscais e auditores da Fazenda decidem parar - Casa Civil diz que trabalho não será interrompido
21/10/2005
Apartir de hoje, fiscais e auditores da Fazenda do Estado entram em greve por tempo indeterminado. Mais de 300 servidores de nível superior da Secretaria Estadual da Fazenda decidiram pela paralisação ontem à tarde, em assembléia geral, por ampla maioria. 'O indicativo foi bem além do que as entidades representativas estavam pensando, que era uma greve pequena de dois ou três dias', afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Carreira de Nível Superior do Grupo Tributação, Arrecadação e Fiscalização do Estado (Sintaf/RS), Carlos Alberto Agostini.
Junto com os associados do Sintaf e da Afisvec, os auditores e fiscais optaram pela greve em repúdio à demora do governo no encaminhamento de uma resposta às propostas de divisão da Secretaria da Fazenda. 'Ontem, completaram-se 15 meses da entrega de sugestões ao Piratini', disse Agostini. O dirigente do Sintaf/RS acrescentou que a greve pode ser interrompida no momento, desde que o governo aceite a divisão da Secretaria em Receita Estadual e da Fazenda.
A assessoria de comunicação da Secretaria da Fazenda informou que os trabalhos deverão transcorrer sem interrupção, uma vez que é esperado o apoio dos técnicos para desempenhar as funções dos grevistas. O comunicado oficial da paralisação foi protocolado ontem à noite na Casa Civil. 'O governo considera a greve inoportuna e prejudicial para todos', comentou o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira. Ele afirmou que não falta diálogo entre o Palácio Piratini e os servidores e que um grupo de trabalho foi criado em março para avaliar como a administração tributária será implantada no Estado. Oliveira disse ainda que o grupo começou a trabalhar depois de feitas algumas mudanças, como a implantação do Fundo de Reaparelhamento da Secretaria da Fazenda e o Prêmio Produtividade para os funcionários. 'O trabalho está se encaminhando', afirmou Oliveira.
Fonte: Correio do Povo
Data: 21-10-05
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