Cresce a procura de empresas pela compra de precatórios. O objetivo é usar os créditos para reduzir a carga tributária, o que pode diminuir o gasto com impostos em 70%. Quem vende o crédito, por um lado, garante dinheiro na mão – já que a dívida estadual com precatórios se acumula desde 1999 –, mas abre mão de grande parte do valor. O assessor do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do RS, Ricardo Bertelli, ressaltou que, ao vender o título, o precatorista pode arranjar novo problema. 'Algumas empresas reduzem o percentual do deságio, mas com parcelamento em cheque que, em certas situações, volta por falta de fundos.' Bertelli disse que há perspectiva de pagamento, com a criação da Central de Conciliação dos Precatórios e da Caixa de Administração da Dívida Pública. A expectativa é que o governo libere R$ 200 milhões este ano. O advogado Guilherme Sesti Santos, que considera a venda uma solução positiva, lembrou: 'A execução fiscal com precatórios vem sendo aceita no Superior Tribunal de Justiça. Os ministros viram que a dívida virou um calote'.
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