Confronto anunciado

A relação do Piratini com categorias do funcionalismo, que já era delicada, promete ficar praticamente inviabilizada a partir de amanhã. Os outdoors espalhados por Porto Alegre, região Metropolitana e interior do Estado, destacando que dia 12 será conhecida a face da corrupção – com variações como autoritarismo –, ganharão rosto: uma foto em preto-e-branco da governadora Yeda Crusius ao lado de frases como 'Ela não pode continuar' e 'Fora, Yeda'. Piratini está mobilizado e aguarda somente parte da segunda etapa da campanha chegar às ruas para reagir, dando início ao contra-ataque. O acirramento do confronto entre governo e movimentos sindicais ocorre às vésperas de momento em que o Executivo pretendia dar início a discussões como as alterações nos planos de carreira do funcionalismo e o piso salarial do magistério. Independentemente dos movimentos jurídicos e políticos que entrarão em campo, o cenário que se estabelecerá é de guerra declarada. Os resultados negativos terão reflexos para todos e prometem piorar em março, já que está sendo articulada greve geral do funcionalismo.

CONTRA TODOS

Além do Cpers, assinarão a campanha contra o governo: Sindicaixa, Ugeirm, Sindsepe, Sindet, Semapi, Sindiágua, Sindjus, Simpe e Federação dos Bancários. A união dos sindicatos na investida complicará reação do Piratini, que terá de acionar judicialmente representantes de quase todas as categorias do Estado.

NOVA VERSÃO

Palavras que marcam os outdoors contra o governo Yeda Crusius têm nova versão. Mascarados ocuparam pontos estratégicos de Porto Alegre, de grande circulação. Em silêncio, seguravam cartazes com dizeres corrupção, autoritarismo, arrocho salarial, violência, destruição e mentira. Intenção do movimento é reforçar campanha que será deflagrada dia 12. Há dias, os manifestantes estavam no Litoral Norte.